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sexta-feira, abril 01, 2011

Esquecimentos diários


Esquecimentos diários

odeteronchibaltazar

Não sei o que anda acontecendo. Ando distraída com os amigos. Até os mais chegados andam envoltos em uma nuvem de esquecimento. Esqueço aniversários, encontros, nomes, gostos. Esqueço do que meu amigo sofre. Esqueço que ele está passando por algum momento difícil ou que tem feito uma conquista ou que seu filho se formou, casou, noivou, namorou, engravidou, surtou.

Coisas importantes ou de somenos valor são esquecidas. Não porque não os ame, mas porque tudo anda tão rápido nesses dias que ando sem tempo de me deter em cada detalhe. As coisas me fogem.
Será que é a idade?

Lembro do tempo em que eu tinha agendado aniversário de tanta gente! Eram amigos, parentes, conhecidos, empregados, vizinhos... Hoje a agenda se perdeu e eu nem me dou conta dos parabéns a não ser quando vejo outras pessoas cumprimentarem o aniversariante.
Digo a mim mesma que vou voltar a fazer uma agenda no capricho, mas qual! Esqueço disso também!

Essa coisa de esquecimento está ficando engraçada aqui em casa. Meu marido está pior que eu. Ele que nunca precisou anotar um compromisso que fosse, que sempre guardou tudo "de cabeça", vive me requisitando pra "não deixá-lo esquecer" de fazer isto ou aquilo, de ir neste ou naquele médico, de telefonar pra Beltrano ou Cicrano. Logo eu que tenho tanta coisa pra lembrar? Vivo com bilhetes pendurados, anotações em folhas dispersas em todo lugar em letras garrafais pra chamar a atenção. E vivo conferindo seguidamente as datas das consultas marcadas para não deixar passar as datas.

Os dias de hoje estão corridos demais, estou chegando a esta conclusão. E a memória da gente está ficando pequena para tanta informação. Assim como se pode acrescentar memória nos computadores, seria de bom tamanho se pudéssemos acrescentar mais memória em nossa cabeça... Hummmmmm iria ser interessante e prático. De cara, eu pegaria uns gigas a mais pra conseguir abarcar tudo o que quero ter em mente sem esquecer.

Não quero esquecer de responder os e-mails, ou às cartas que ainda recebo. Não quero esquecer de retornar os telefonemas, ou de retribuir os presentes que recebi. Não quero deixar de dar um carinho aos meus amigos só porque minha cabeça anda avoada.

Mas enquanto tudo depender só de mim e de um fortificante (ah, também ando esquecendo das palavras!), vou esquecer coisas e mais coisas. Minha cabeça é pequena demais para guardar tanta "coisa". Enquanto isso, vou de bilhetinhos na geladeira, ou ao lado do PC, ou no mural, ou nos espelhos... Enfim, tem recadinhos afixados em tudo quanto é espaço disponível.

- E estou lendo aqui, em um desses bilhetinhos, que tenho... tinha... que enviar essa crônica ainda ontem! Poxa! Esqueci de olhar o bilhete! De que adianta fazer recadinhos se nem os leio? Eita, cabeçuda! Não adianta! A idade me pegou de jeito!

quinta-feira, março 24, 2011

Eu me amo, você não?



Eu me amo, você não?

odete ronchi baltazar

Não é questão de egocentrismo ou exibicionismo ou mesmo de "umbiguismo" (acabei de inventar) cuidar e curtir a própria aparência, mas quando se vê alguém que se cuida, todo mundo a rotula de exibida. Só porque cuida do próprio corpo?

Apesar dos rótulos impostos, é essencial que se tenha cuidados básicos consigo próprio, com a saúde e com a aparência.
Nosso corpo é nosso cartão de visitas. Não é preciso ser capa de revista, mas uma boa imagem é sempre bem vinda.
Para isso, precisamos ter certos cuidados e quem não se ama, não se cuida (geralmente em quadros depressivos isso se manifesta mais intensamente).

Vai daí que começa todo o processo de interiorização (você se ama) que acaba por se exteriorizar nos olhos, pele, cabelos, unhas, vestimenta...

Eu sou tímida, mas aqui na net eu fiquei exibida demais. Agora eu consigo mostrar minhas fotos que faço às escondidas de mim mesma, ou aquelas que eu tinha perdidas nas gavetas.

Acho que toda mulher tem um pouco de modelo-manequim dentro de si e adora um clic, mas nem todas têm coragem de se expor.
No meu caso, partir do momento que consegui me "mostrar" mais, passei a achar menos defeitos em mim. Ou melhor, passei a aceitá-los sem me descabelar. Já não me acho a última das mulheres, nem a mais feia das "mocréias".

Estou gostando de mim e isso se reflete na minha aparência, no meu sorriso, no meu olhar.
E você, amiga, precisa ter seu dia de estrela. Nem que seja pra você mesma.

Um desses dias qualquer em que você está sozinha, sem nada pra fazer, vá para a frente do espelho, capriche na maquiagem, arrume os cabelos, coloque um rubro batom e faça caras-e-bocas. Clique-se mil vezes mil.
Sorria para você mesma. Divirta-se. Ria de você e com você.
Ninguém está vendo.
Só você!
E verá que legal o resultado!
Experimente! Você também vai se amar...


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