Recadinhos by odete
sexta-feira, novembro 25, 2016
quinta-feira, novembro 10, 2016
Tão só!
odete ronchi baltazar
odete ronchi baltazar
Era como se estivesse
só.
Ele, entretido com seus
pensamentos, não percebia mais sua presença.
Ela já se acostumara a ficar sozinha a
dois.
Tão pouco falava que foi perdendo
as palavras, secando as frases, apagando os verbos.
Agora, sentada em frente à tv,
rumina sonhos que, bem sabe, nunca haverão de ser.
Com esforço se levanta do sofá
rasgado e vai para a cozinha.
Arrasta os velhos chinelos,
senta-se na cadeira carcomida pelo tempo e, mais uma vez, só, serve-se da comida fria mastigando a
solidão.
sexta-feira, novembro 04, 2016
Cor-da-alegria
Em amarelos
meu dia desperta...
E a poesia,
que faz coceiras em meus dedos,
escorre pelos muros cinzentos,
ensolarando minhas tristezas que,
em frias folhagens, se escondiam.
Visto a cor da alegria
e saio,
em saltitos,
afugentando
meus escuros e meus medos.
Hoje,
pelo menos hoje,
serei uma boa companhia.
meu dia desperta...
E a poesia,
que faz coceiras em meus dedos,
escorre pelos muros cinzentos,
ensolarando minhas tristezas que,
em frias folhagens, se escondiam.
Visto a cor da alegria
e saio,
em saltitos,
afugentando
meus escuros e meus medos.
Hoje,
pelo menos hoje,
serei uma boa companhia.
odete ronchi baltazar
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