domingo, janeiro 21, 2007

Eram amores os meus amores?

Eram amores os meus amores?

odeteronchibaltazar


Sempre fui muito apaixonada. Entrava de cabeça em tudo que iniciava, mesmo não terminando depois. Iniciava cursos e amores com a mesma intensidade. Não importava se os concluiria. Importante era iniciar com garra. E assim como me apaixonava, também me decepcionava com a mesma rapidez.
Tive muitos amores e a todos tive o mesmo cuidado e a mesma paixão. Desde os amores de infância, aos amores tardios.
E sempre disse com todas as letras o quanto amava. Posso ter me arrependido pelo que não fiz. Nunca pelo que fiz.
Acho que o único que nunca eu tive coragem de me declarar foi o meu primeiro amor. Mas ele sabia. Bastava isso... Hoje me arrependo de nunca ter dito a ele o quanto me fazia feliz por simplesmente existir em meus dias e o quanto ele iluminava minha infância. Era um menino sardento de cabelos avermelhados e olhos espertos que morava na frente da minha casa e bastava eu ir à janela para vê-lo. Cada mirada era uma festa para meu coração.
Depois tive a paixão pelo vizinho ao lado. Desta vez, eu já podia dançar e podia tocá-lo (suprema felicidade!) nas poucas vezes que dançamos. Ficava um gosto de quero mais quando o ouvia cantar em sua casa para chamar minha atenção.
E tive meus amores dos tempos de escola. A cada ano uma nova paixão. A cada paixão mais amor eu tinha.
No colegial amei demais meu primeiro namorado, meu primeiro beijo, minha primeira dor de amor.
Depois vieram outros e outros tantos meninos por quem me apaixonei "perdidamente".
Aos tantos amores (pois foram muitos) eu sempre tinha minha declaração na ponta dos dedos, escrevendo muitos bilhetes ou cartas. Amores que iam e vinham em meus dias e ocupavam minhas fantasias adolescentes, mas sempre foram cheios de muita ilusão.
Sempre eram amores "para sempre". E, embora tenham durado somente uma estação ou um ano escolar, guardo cada um em papéis de sedas embrulhados com muito cuidado. Abro-os em dias de solidão ou em noites silenciosas. E então sou feliz pelo muito que amei.
Aos meus amores de menina, minha doce saudade!

odeteronchibaltazar

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é que eu acho o máximo, Dete: amar, com toda a intensidade. E demonstrar, fazer saber à pessoa amada, o quanto a queremos.
Também concordo que devemos nos arrepender daquilo que deixamos de fazer. O que fizemos, tenha dado certo, ou não, valeu pelo ato e pelo não bloqueio das emoções.
Ainda hoje faço isso. A gente sofre menos, assim.
Saudades dos amores da adolescência. Quem não as tem, não é mesmo? Eles tinham sabor especial, mas sigo amando da mesma forma, com toda intensidade.
beijos grandes e parabéns por este blog lindo.

Luana Gabriela disse...

Parace que contou a minha história..muitos amores, todos pra sempre e como eu disse a um amor meu estes dias.. "eu acho que o objeto do nosso amor tem que saber que ele é amad isso faz um bem tão grande pra ele.. " nada melhor que eu deixar você saber pois é tão triste esconder um sentimento tão bonito" heheheh

Bjos

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