terça-feira, abril 26, 2005
segunda-feira, abril 25, 2005
Tão leve
odeteronchibaltazar
Tão leve,
tão leve o pensamento
que voa e vem pousar
nos meus lábios
que falo só de asas e plumas.
Tão leve, tão leve o meu amor
nos meus dedos
que escrevo só para ti
em incógnitas e brumas.
Tão leve,
tão leve a vida
no passar dos dias
que me deixo banhar
em tuas insólitas águas e espumas.
Tão leve,
tão leve o teu olhar
que preciso me apressar
antes que transpareças
e, de vez, sumas
no meu mar.
Tão leve,
tão leve o pensamento
que voa e vem pousar
nos meus lábios
que falo só de asas e plumas.
Tão leve, tão leve o meu amor
nos meus dedos
que escrevo só para ti
em incógnitas e brumas.
Tão leve,
tão leve a vida
no passar dos dias
que me deixo banhar
em tuas insólitas águas e espumas.
Tão leve,
tão leve o teu olhar
que preciso me apressar
antes que transpareças
e, de vez, sumas
no meu mar.
terça-feira, abril 19, 2005
Inconveniências
odeteronchibaltazar
Não fica bem
ter este sorriso
pincelado de batom.
Não cai bem
dançar com os pés descalços
na chuva.
Não é bom
deixar a alma solta,
não é de bom tom
ser feliz.
Cobram-me
sorrisos amarelos,
gestos medidos
olhares enviesados,
tristezas no olhar.
E eu?
O que faço com as ternuras
e as pétalas em minhas mãos?
O que faço com os amores
que trago no meu peito?
O que faço com a felicidade
que transborda nos meus dias?
Deixo-os em sedas embrulhados,
ou espalho-os,
em cinzas
no verde dos olhos teus ?
Não fica bem
ter este sorriso
pincelado de batom.
Não cai bem
dançar com os pés descalços
na chuva.
Não é bom
deixar a alma solta,
não é de bom tom
ser feliz.
Cobram-me
sorrisos amarelos,
gestos medidos
olhares enviesados,
tristezas no olhar.
E eu?
O que faço com as ternuras
e as pétalas em minhas mãos?
O que faço com os amores
que trago no meu peito?
O que faço com a felicidade
que transborda nos meus dias?
Deixo-os em sedas embrulhados,
ou espalho-os,
em cinzas
no verde dos olhos teus ?
sexta-feira, abril 15, 2005
Fantasia em sol maior
odeteronchibaltazar
Tuas palavras brotam
nas heras e se misturam ao verde,
salpicando de colorido
as minhas tardes.
Não fossem
as minhas mãos
em poesia
eu estaria chorando
pelas flores não colhidas,
estaria em nuvens fazendo alarde.
Não fosse pela música
que imagino pelo ar
estaria surda aos teus encantos.
Teus versos
nunca seriam meus
se eu não vestisse a fantasia
todas as manhãs
mal nascesse o sol.
E não seriam meus
os beijos teus
que viajam úmidos
pelos meus céus.
odeteronchibaltazar
Tuas palavras brotam
nas heras e se misturam ao verde,
salpicando de colorido
as minhas tardes.
Não fossem
as minhas mãos
em poesia
eu estaria chorando
pelas flores não colhidas,
estaria em nuvens fazendo alarde.
Não fosse pela música
que imagino pelo ar
estaria surda aos teus encantos.
Teus versos
nunca seriam meus
se eu não vestisse a fantasia
todas as manhãs
mal nascesse o sol.
E não seriam meus
os beijos teus
que viajam úmidos
pelos meus céus.
quinta-feira, abril 14, 2005
(In)satisfação
odeteronchibaltazar
Falta-me a palavra
o dizer,
a vontade.
Falta-me a noite insone
a dor que abre o peito.
Falta-me a lágrima
o lenço em despedida
o aceno triste.
Falta-me a tua ausência.
E ainda assim,
falta-me ser feliz.
Claridades
by odete
Claridades
odeteronchibaltazar
Em claros dispus
os sonhos meus,
tão luzentes
que incomodavam.
Não a mim,
que busco lampejos,
mas àqueles que
nos escuros viviam,
e o brilho queriam apagar
dos meus versos.
Sorte a minha
que tenho relâmpagos,
faíscas e brilho do sol
escondidos
nas mãos espalmadas.
O que seria de mim
sem a centelha
da minha poesia?
E meus versos
cintilam
em qualquer breu,
iluminam aqui e ali.
Clareiam o caminho meu.
Quem de mim se aproxima com calor,
tem sorte.
Brilhará tanto
ou mais que eu.
odeteronchibaltazar
quarta-feira, abril 13, 2005
Foto by Cândido (Portugal)
As coisas que tu me escreves
Cândido
Porque me falas assim,
Nessa voz tão carmesim,
Tão sedutora, c’um jeito,
Como pétalas de amor
Que o vento rouba na flor
E arrasta par a o meu peito?
As coisas que tu me escreves
São tão etéreas, tão leves,
Que eu me sinto a levitar
Num nirvana, nas alturas,
Onde nossas almas puras
Se encontram pra comungar.
Mas eu sou amor vadio
E numa ilha do meu rio
Construí uma cabana
Para os meus prazeres mundanos
Os meus amores ciganos,
Nos lençóis da minha cama.
Mas neste tempo tão frio
Essa ilhota do meu rio
Está triste, está desolada,
e por meu mal, minhas dores,
essa ilha dos meus amores
está toda desabitada.
Ai meu amor, quem me dera,
Que ao chagar a primavera
Tu pudesses ser feliz,
Na cabana colorida,
Pintura da minha vida,
Sobre lousa a paus de giz.
Até troco a minha ilha,
A quem quero como filha,
Por outro lugar qualquer,
Onde um remansoso rio,
Tenha ilhas do nosso cio,
Onde possamos amar.
Cândido, 4/03/2005
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