sábado, agosto 16, 2008

Recadinhos by odete


















Escondo meus beijos
em poemas inventados
na tarde solitária.
Beijoss que nunca
serão dados,
beijos da minha fome
e por mim mesma alimentados.
Traço teu nome
em laços e fitas
e dou um nó.
Guardo-o em minhas mãos,
pego um tantinho de fé
ajoelho e peço em oração
para que eu não seja tão só.
Vê bem, presta atenção:
Esta é a última fantasia
e a decisão não é arbitrária.
Não é capricho meu,
nem minha invenção.
É a mais pura verdade:
eu quero os beijos
(os teus),
aqueles que nunca me foram dados.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Minha ternura em tuas mãos

















Minha ternura em tuas mãos

odeteronchibaltazar

Entre o dito e o não-dito
fica a mágoa,
instalada
no peito
que dói.
Entre as palavras que ferem
deixo estar
minha poesia
que embalava nossos sonhos
e umas tantas fantasias.
Entre os versos tontos
fica minha ternura,
ainda pura,
que procura por teu ninar.
Entre minhas lágrimas
deixo os meus sonhos que,
tolos,
insistem em te buscar.

odeteronchibaltazar
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