quarta-feira, agosto 31, 2005
Minha amiga, Rosa Pena
Insônia
Rosa Pena
Ah, esse cobertor
não tem jeito!
Falta calor,
descubro os pés,
para cobrir o peito.
Ah, o lençol.
Em cima dele se faz amor.
Não importa qual é a cor.
Droga!!!Apenas eu.
Desenho de uma solitária flor.
Que horas são?
Tem lua ou sol?
Ah, esta cama que balança,
de maneira anormal,
mas bem que agüenta a dança,
calçada numa lata de Nescau.
Ah, este colchão esbugalhado.
Bem que podias estar ,
bem no meio!!!!
E eu?
- Saboreando o recheio.
(março de 2004)
Escritos dispersos
odeteronchibaltazar
Pudesse eu
mandar-te as cartas que não escrevi!
Pudesse eu
cantar-te as canções
que tentei entoar em surdina.
Pudesse volar feito ave feliz em dia de sol.
Pudesse eu...
Ah, se eu pudesse,
contigo voaria,
contigo estaria, enfim.
Mas essa humana sina,
faz-me pouca,
quase nada,
Fantasias,
sonhos, só...
Deixo-me estar, então,
louca entre meus versos,
pobres delírios,
dispersos,
sem nexo,
sem fim
segunda-feira, agosto 29, 2005
Sombras
odeteronchibaltazar
Entre as sombras e a neblina,
pude ler teu nome
escrito desde há muito
em meus versos,
e pude ver teu rosto desenhado
em véus e purpurina.
Mas o tempo voou,
marcando seu compasso
em cada linha da minha fronte,
em cada traço
desta minha eterna solidão.
Agora já não há como
capturar os dias
que fogem céleres
entre os frágeis dedos
das minhas mãos...
odeteronchibaltazar
Melancolia
odeteronchibaltazar
Entre o dizer e o não-dizer
há um rio de palavras
que sequer chegam aos meus lábios
ou sequer espalham-se pelos meus escritos.
Entre o ser tua e o não-ser
há um mundo que não decifro,
há um sentimento que sequer se insinua
por medo de se perder nos meus labirintos.
Entre tu e eu
há uma distância que me prolonga os dias
perturba minhas noites
e me faz viver em agonia.
odeteronchibaltazar
04agosto05
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